Sunday, September 15, 2013

sinto muito, mas ainda quero salvar o mundo

estou há dias preparando o workshop que vou ministrar no dkw museum cottbus, sobre fotografia e revolução (na verdade, queria que o tema fosse fotografia feminista, mas como achei que iam achar antipático, mudei um pouco pra poder falar da mesma coisa, dentro de um contexto agora mais amplo).

eu escrevo tudo à mão num caderninho que ganhei da minha amiga mariana maciel, em aveiro. eu escrevo tudo à mão.

nas anotações, me pergunto se fotografia pode mudar o mundo e respondo que não. depois me pergunto se, mesmo assim, fotografia pode contribuir, se é relevante, e respondo que sim, mesmo sem saber direito.

ter consciência disso é assim, um descalabro, um desaforo, como a vida.

não ligo a mínima pro que a fotografia pode ou não fazer.

meu único interesse é salvar o mundo.

1 comment:

Ricardo Bezerra said...

o miguel rio branco solta umas coisas interessantes nesse artigo. coisas que, acho, vão na mesma linha de raciocínio que estás tentando construir com teu 'fazer' fotográfico:
'Depois de um certo tempo você não usa a fotografia para mostrar o mundo. Usa a fotografia para mostrar você' e 'A Arte não vai mudar o mundo, mas vai mudar o nosso modo de perceber o mundo'.
lê aí e vê o que tu acha: http://paratyemfoco.com/blog/2011/09/sempre-futuro-miguel-rio-branco-por-laura-artigas/

beijo, ivi!