Monday, July 31, 2017

são paulo fashion flip, dia 4 (e uns dizeres sobre o fruto estranho)


o texto apresentado dentro da série "fruto estranho" (que teve também josely vianna baptista, grace passô, prisca augustoni, ricardo aleixo e andré vallias) é resultado de uma pesquisa iconográfica de feminicídios famosos e assassinatos de mulheres ativistas, no brasil, e de cujos corpos se encontra fotos no google images. vale dizer que outros feminicídios super famosos (tipo o caso serrambi ou o massacre do reveillon em campinas) não entrou no texto por não haver imagens disponíveis no google (graças a deus).

vamos bem longe quando o tema é exposição do corpo da mulher, inclusive a exposição do corpo morto - ou seja, o mais vulnerável que existe. assim sendo, enquanto juntava essas imagens no meu computador (aliás um processo traumático em si, deus me livre nunca mais faço isso de novo, porque além de salvar eu tinha que ficar olhando para elas, para descrever o mais acuradamente possível), fui reler "diante da dor dos outros", de susan sontag, em que ela fala da experiência dela na guerra de sarajevo e da nossa relação com imagens de zonas de conflito.

eu sempre fui obcecada com esse livro e, considerando o brasil o quinto em número de feminicídios no mundo (são 13 mulheres assassinadas/dia, segundo a onu) achei que podia friccionar o contexto brasileiro de morte de mulheres, no contexto de guerra que sontag aborda.


no vídeo, toda vez que eu falo "pág. não sei das quantas", o que vem depois é uma citação do livro. achei que era melhor fazer assim do que ficar repetindo algo tipo "abre aspas-citação-fecha aspas". só que tem muita gente no facebook reproduzindo exatamente essas partes da performance como se essas citações fossem minhas, e não são, e tô com medo da compainha das letras me processar hahaah! a foto do caderninho vermelho usado na performance taí pra provar que eu usei aspas, e no fim do texto há uma referência bibliográfica que, aliás, copio aqui:

Susan Sontag, “Diante da dor dos outros”, tradução de Rubens Figueiredo (São Paulo: Companhia das Letras, 2003) 


esse texto não teria sido possível de ser feito e apresentado sem a ajuda/inspiração de fabiana moraes e gui mohallem. obrigada às minhas amigas raquel borba, clarissa galvão e juliane miranda. obrigada ao coletivo garupa, a italo diblasi e flavio morgado. obrigada à minha mãe que quando eu nasci disse "vai adelaide ser anarcobucetalista na vida". obrigada à moça barbara que ficou conversando comigo pra me distrair, minutos antes deu entrar na igreja, e me salvou dum infarto. obrigada a maria valéria rezende que, já no camarim-sacristia, me disse: "menina, vai ter gente que vai gostar e gente que não vai gostar, e daí?".

obrigada principalmente à grande joselia aguiar, que mulher da pá-virada da porra. que visão. que visão. que divisor de águas.

fica o desafio para o ano que vem, na minha opinião: se misturar DE VERDADE com a comunidade local e incluir na programação os professores de literatura do ensino médio da rede pública, que são os verdadeiros formadores de leitores do país. 


olha essa foto gente que coisa mais linda
(quem tirou foi gabriela e me mandou depois)
esse é seu antonio carlos, professor de literatura
da escola de aplicação do rio.
a gente conversou tanto depois da performance
tem que ter menos prof de universidade nesses eventos
e mais prof das escolas públicas como produtores de pensamento
plmdds


sem mais mimimi, maiss chapas:


maria valéria e a filha de luaty

kanguei no maiki 

luaty gato assinando autógrafos 
eu tarra do lado de decoração hahaha


a moça barbara que salvou minha vida 

depois teve conversa com paula fábrio, leo cazes
e noemi jaffe (TE AMO!) que nessa chapa
mal-batida tá lendo um trecho de "o que os cegos estão sonhando"
(que foi o livro que eu tava lendo naquela viagem-demônia pra polônia,
com ewout, no ano passado)


mais tarde, no bar, eu e fred klumb na fila do banheiro


eu e meu beatnítalo


os militar na BR no caminho do aero do rio.
af que abuso.










Saturday, July 29, 2017

são paulo fashion flip, dia 3



never

fila na frente da casa saramaDo
um monte de mulher
pra ver duas mulher
foda

ai meu coração

djamilia abrindo os trabalhos 

que chapa rob packa!


eu sendo maravilhosa ALOK
na chapa de amanda

os pessoal e os migos do coletivo garupa
melhor editora que a gente respeita

julya tavares bebendo duas caipi ao mermo tempo
e fred klumb olhando
(ou "cada um tem a namorada que merece")


deus
"AINDA QUE REIVINDIQUE NAMORADOS,
TENHO CATARATAS"
hahahahahaha

fran cricelli e alberto martins

e pra encerrar a noite,
outro deus me mostrando
no celu dela os selfies
que ela fez com dilmão!
txoman.
(a chapa é de priscilla campos amor)



Friday, July 28, 2017

são paulo fashion flip, dia 2


um urubu

meu amigo ravi e a pipoca

poesiamantrasermão de natalia borges polesso
#ummulhersingular
#oquefazumamulher

prisca augustoni se divertindo no lançamento do livro dela

andré capilé frescando


fruto estranho de josely
("você vê?")


djamilia pereira de almeida arrasando
("escrever é uma questão de vida ou morte") 

jarid arraes lançando seu livro
"heroínas negras brasileiras em 15 cordéis"
("fazer literatura é causar impacto")

sérgio miga maciel e schneider carpeggiani
(vulgo delfim boys)
eu quase morro essa hora

fruto estranho de grace passô 
"olhos são faróis ou facas
ou moluscos ou um susto
ou um diabo
ou tudo junto"

um homem protestando
contra a rede esgoto
"



e fotos que eu fiz pra lukas achar
o brasil bonito e querer vir logo
pra cá comigo










Thursday, July 20, 2017

bios dxs autorex do MPPF! #5 especial poesia portuguesa


*as bios foram tiradas dos perfis dxs autores no wikipedia. algumas foram tiradas do enfermaria6. a bio de nuno moura é uma declaração pública de amor.

Adília Lopes, pseudónimo literário de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira, (Lisboa, 20 de Abril de 1960) é uma poetisa, cronista e tradutora portuguesa.

António Tomás Botto (Concavada, 17 de Agosto de 1897 - Rio de Janeiro, 16 de Março de 1959), poeta, contista e dramaturgo português.

Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage (Setúbal, 15 de Setembro de 1765 – Lisboa, 21 de Dezembro de 1805) foi um poeta português e, possivelmente, o maior representante do arcadismo lusitano.

João Bosco da Silva (Bragança, 1985) é poeta. Tem publicados Poemas de Ninguém (Atelier, 2009), Disse-me António Montes (Mosaico de Palavras, 2010), Bater Palmas E Sete Palmos De Terra Nos Olhos (Mosaico de Palavras, 2011), Saber Esperar Pelo Vazio (Mosaico de Palavras, 2012), Destilações (não edições, 2014), Trepanação de Jerónimo Bosch (Mariposa Azual, 2015).

Maria Teresa Horta, Maria Teresa de Mascarenhas Horta Barros GOIH (Lisboa, 20 de maio de 1937) é uma escritora, jornalista, poetisa e feminista portuguesa.

Mário Cesariny de Vasconcelos GCL (Lisboa, 9 de Agosto de 1923 — Lisboa, 26 de Novembro de 2006) foi poeta e pintor, considerado o principal representante do surrealismo português.

Natália de Oliveira Correia GOSE • GOL (Fajã de Baixo, São Miguel, 13 de Setembro de 1923 — Lisboa, 16 de Março de 1993[1]) foi uma escritora, política e poeta portuguesa.

e inéditos de:

Andreia Faria (Maia, 1984) publicou em 2008 o seu primeiro livro de poemas, De haver relento (Cosmorama Edições), em 2013 Flúor (Textura Edições) e em 2015 Um pouco acima do lugar onde melhor se escuta o coração (Edições Artefacto).

Francisca Camelo (Porto, 1990): "Só sei de vísceras por defeito. Por virtude nasci mulher, e por isso escrevo dessa natureza. Não sei não escrever, mas juro que já tentei".

Maria Quadros (local e data de nascimento desconhecidos) é uma poeta portuguesa. Talvez.

Nuno Moura (Lisboa, 1970) é poeta, editor (da Douda Correria, que amamos muito), leitor e infinito fazedor de coisas.

Patrícia Lino (Porto, 1990) é poeta, artista visual e docente na Universidade da Califórnia.

Pedro Craveiro (Porto, 1990) é poeta e mestre em Estudos Literários, Culturais e Interartes pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Vitor Teves (Açores, 1983) é poeta e mestrando de Estudos culturais e interartes na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.


a capa é de Luís Duque Salazar (Porto, 1988)


os editores são os incríveis e maravilhoso poetas, tradutores, pesquisadores e medievalistas (e pessoas mais inteligentes que eu conheço), Mafalda Gomes e J. Carlos Teixeira