Friday, June 19, 2009

mapplethorpe

não consigo me lembrar quando nem por quê começou minha paixão por mapplethorpe. e também pouco importa.

a primeira e mais foda experiência que tive com ele (you got it) foi no backstage do tim festival de 2006 quando a musa dele, patti smith, veio na minha direção e me deu um bottom escrito peace. alta, bigoduda, elegante, toda mapplethorpiana. foi f o d a.


esse é o bottom, meu aquecedor ao fundo (voltou a funcionar, tinha quebrado!) e minha unha quebrada.


a segunda foi um dia qualquer de 2008. eu estava fotografando na casa de um povo muito tosco, tipo toscões, e num momento sozinha numa salinha de espera (enquanto, numa mini discussão, entrevistados diziam a repórter como queriam que ela falasse deles) dei de cara com uma das flores de mapplethorpe, assinada por ele. nunca tinha visto um original dele. eu estava num lugar tosco com gente tosca me dizendo como fazer meu trabalho, e aquela foto me mostrou what really matters . aí fazer a foto dos toscos foi fácil.

tudo isso para dizer que sábado retrasado fui ver mapplethorpe na fortes villaça. e não gostei. foi triste.

o que eu amo nele eram os espontâneos (não, eu não quis dizer instantâneos), os auto-retratos, as polaróides e os retratos. aquela viagem neo-clássica dele, só entendi sábado, não me diz nada.

foi ótimo treinar o olho. às vezes a gente ama tanto alguém que ama tudo que vem dela sem nem pensar se aquilo é massa mesmo.

§

tudo isso para falar que amanhã é o último dia pra ver mapplethorpe na fortes villaça. boa ou não, uma expo sempre vale a pena. ainda mais essa, que é de graça hahahahaha.

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