entendi a razão da minha angústia. eu estou tentando desesperadamente ficar um pouco sozinha mas não consigo - as meninas da minha classe não se desgrudam entre si e não desgrudam de mim. e eu adoro todas, mas depois de três semanas de intensa vida social eu realmente PRECISO ficar em silêncio. e pra isso que eu saí da minha zona de conforto sul-americana.
engraçado que a coisa que eu mais achava que ia acontecer na taormina era eu ficar sozinha pensando na vida e escrevendo uma dissertação sobre o auto-exílio.
mas não.
esses dias escrevi pra armin dizendo que a taormina tem 11 mil habitantes e mesmo assim a quantidade de contato social que eu fiz - porque quis - está começando a me intoxicar e eu estou começando a me arrepender de ter ido lá fora caçar amigos como uma lince.
claro que fazer o exercício de ser um pouco mais tolerante e aberta também foi bom e aprendi um bocado. aprendi que não gosto de gente perguntando onde fui o que fiz com quem e como (minha room mate faz isso todo dia e por isso a gente não é mais amiga hihi). aprendi que nem todo mundo está interessado em mudar de opinião e que as pessoas têm direito de se manter assim (não que eu ache que a vida seja melhor quando você judgemental, mas ainda assim, você tem direito...). aprendi que nem todo americano é idiota (muito embora às vezes minha amiga adriana diga cada barbaridade e faz com que eu tenha que explicar pra ela como funciona o mundo lá fora. afora isso, vocês não sabem como é mára ter uma pessoa que traduz para você todas as gírias das música de bionça que a gente não acha no google translate). ah! aprendi que os pessoal só usa 14% do cérebro - mas quem fala mais de uma língua usa mais! será que o fato de eu agora falar (COF COF) quatro faz com que eu use 66% do meu?
piadas leoninas à parte, o que o meu brilhante cérebro de tainha me ensinou foi sobre aceitar que eu sou assim. que eu gosto de ficar sozinha na maior parte do tempo, e não tem mal nisso.
e aprendi finalmente a conjugar o passado recente em italiano! hahahaha
Monday, August 24, 2009
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3 comments:
mas pensa assim, já ficou uma parte sozinha na viagem tb né (não estavam comentando isso na Espanha?). tem galho socializar so um cadinho não heehhehe.
eu tb tenho esse complexo de amélie, mas tento trabalha-lo hehehe
bjs
Eu chamo esse gosto (meu também) de ficar em casa, fazendo coisas sozinha (não é ficar em casa dormindo!) de síndrome de Urtigão (aquele personagem dos HQ Disney, barbudão que vive no meio do mato com o cão dele e uma espingarda. E que detesta jornalistas.).
Uma época eu até cheguei a pensar que era alguma doença.rsrs. Pode ser, desde que vc só viva assim. rs. O que não é meu caso.
Só pra teres uma noção, eu já desejei ingressar num mosteiro e passar dois anos confinada. Mas quando eu vi que a pessoa só recebe cartas uma vez por mês, achei que podia ser um risco ao meu plano.
E pra encerrar. Um dos meus livros favoritos é "Walden. A vida nos bosques" de Henry Thoreau. Vale a pena.
bjs
ale urtigona-sometimes..rs.
Vc é ótima do jeito que é! O fato é só se entender que fica tudo ok! Mas baixo astral as vezes aparece mesmo. Esses dias estava assim. Ainda não sei falar alemão numa terra onde se fala alemão suíço! Tá foda... Mas minha angústia passou. Só ficou saudade...Beijos. Boa sorte!
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