cheguei em casa e meus gatos tinham entrado no meu arquivo e destruído prints antigos, revistas em que publiquei, convites de expo e algumas colagens que eu fazia.
gritei meia hora.
faxinei freneticamente mais duas horas (rituais neuróticos).
tomei um banho de uma hora (o chuveiro não ficou o tempo todo aberto).
ouvi aerosmith bem alto.
fiz um pão com queijo de coalho frito bem gorduroso.
comi torta de limão.
eu sempre soube que eu tinha uma atração quixotesca por pequenas tragédias. de certo modo, elas me norteiam. é como se eu estivesse à espera delas e, quando elas vêm, fico aliviada. e aí relaxo e assisto um pouco de tv sem culpa.
reli um trecho da biografia de guy bourdin que, com amor, mantenho na minha estante. a parte em que o autor (tenta) explicar porque guy guardava seus negativos numa caixa de sapato e porque ele não tinha interesse em publicar livros ou fazer exposições.
então, se nem guy bourdin ficava com cu doce por causa de meia dúzia de papel véi com umas figura em cima, por que eu devia ficar? pensem nisso antes de gastar milhões na sp arte! ha.
Saturday, May 01, 2010
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2 comments:
Ah, nada como uma pequena tragédia, um banho longo, música boa e comida gordurosa pra vida andar :)
Ivi, também tenho pilhas de revistas - mas eu não publiquei nada - que guardo por gosto, coleção. O cachorrinho do meu irmão, quando passou uns dias lá em casa, coçou os dentes nas que eu mais gostava. Também quis morrer, mas depois que joguei fora, me assustei com o espaço que sobrou. Passa o tempo e vc nem lembra exatamente o que tem em cada uma delas...
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