Monday, March 25, 2013

vergonha alheia ou "onde eu estava com a cabeça?"

esse vídeo muito legal da reportagem da folha de são paulo trata da "descoberta" (oooh porque é como se ninguém soubesse antes que isso acontece) de trabalhadores escravos bolivianos a serviço de grandes marcas de moda, na capital paulista.

o meu título questiona onde eu estava com a cabeça não apenas por ficar indignada com a condição desses trabalhadores (apesar de saber que eu faço parte da cadeia toda vez que vou na h&m comprar calcinha), mas pela completa alienação, burrice e desinteresse do povinho da moda, do qual já fiz parte e achava o máximo.

os dizeres de thiago petit me fazem querer dar um tiro na cabeça, assim como os dizeres em off da sempre sensata gloria kalil (que, dessa vez, escorregou ao achar que moda e alienção serem parceiras é um pensamento dos anos 50. TÁ BOM) e de todos os outros entrevistados exceto dudu bertholini - cuja entrevista, de tão curta, acaba ficando quase irrelevante, apesar de seus breves dizeres serem os mais sensatos do vídeo. até onde eu sei, as roupas da neon são feitas no ateliê da marca, o que dá a dudu e rita certa categoria na hora de falar do assunto.

vale assistir, repassar e se perguntar que falta de interesse é esse.

4 comments:

Danielle Littera said...

Nunca ouvi nada irrelevante do Dudu, até nem sou tão fã da Neon, mas que ele sabe do que está falando, a gente sente...

:)

Clarissa said...

Eu entrei aqui para compartilhar o vídeo contigo.
Matéria mais do que necessária. Pena que o mundo da moda, ao que parece, não está interessado em pensar sobre o seu lado perverso, para dizer o mínimo.

:*

Unknown said...

é claro que a GEP está errada, tanto que pagou por isso. de qualquer forma, a matéria é muito sensacionalista, pq este tipo de problema não é exclusivo da moda. é impossível saber se tudo que consumimos é realmente íntegro... como foram as condições de trabalho da produção doa açúcar da nossa comida ou da extração do lítio dos nossos equipamentos eletrônicos? pouco sabemos.

Tassia said...

Também acho a matéria bem sensacionalista, com cara de jornalista que diz que todo mundo que pensa em se vestir bem é fútil e burro. Mas ainda assim, o tema é absolutamente relevante, e deveria ser de preocupação de todos - Thiago Pethit perdeu 600 mil pontos comigo com essas declaraçãozinha infeliz - mas parece que a fiscalização é tão precária, que mal dá pra gente saber de onde deveria ou não comprar.
No fim das contas, tenho certeza que no fundo grande parte das coisas que a gente consome hoje (roupas, sapatos, eletrônicos), são produzidos nessas condições, e quando a gente pára pra pensar nisso, dá uma vontade de ver o mundo acabar e começar de novo, pq me dá uma desesperança.