por que é que desde sempre
comigo foi assim
a coisa mais frequente
que eu sinto
é aquela, a única
que celebra a ausência.
é essa mania de viver fazendo malas.
(entende?).
-
vai, amália.
-
e que eu volte
junto com a primavera
pra lisboa.
Friday, January 29, 2010
ai, quanta coisa.
não bastasse já o tanto de coisa que tem por dentro
ainda tenho que resolver tudo isso
que tem por fora.
preciso de um assistente pros assuntos da alma.
que vá no banco da amizade pagar as contas da ausência
que ponha crédito no celular que nunca liga pra ninguém
que consiga umas milhas na visitando vovó linhas aéreas
que finalmente instale no meu computador interno um anti-vírus pra tristeza.
sabe assim?
ainda tenho que resolver tudo isso
que tem por fora.
preciso de um assistente pros assuntos da alma.
que vá no banco da amizade pagar as contas da ausência
que ponha crédito no celular que nunca liga pra ninguém
que consiga umas milhas na visitando vovó linhas aéreas
que finalmente instale no meu computador interno um anti-vírus pra tristeza.
sabe assim?
Thursday, January 28, 2010
Monday, January 25, 2010
Saturday, January 23, 2010
Friday, January 22, 2010
sertão inside
mostrei uma foto
de gravatá do jaburu em dezembro
pra ele
e disse:
"é estar assim por dentro".
(tinha pedido pela milésima vez
uma palavra que traduzisse
saudade).
de gravatá do jaburu em dezembro
pra ele
e disse:
"é estar assim por dentro".
(tinha pedido pela milésima vez
uma palavra que traduzisse
saudade).
Wednesday, January 20, 2010
Saturday, January 16, 2010
são paulo de muitos
o aniversário de são paulo é dia 25 (uma segunda-feira, graças a jah!) e os lindos da cia de foto tão angariando foto com esse tema aí (do título), pra publicar na revista da folha.
um monte de gente mandou um monte de foto linda. a grande maioria, claro, dos espaços urbanos da cidade. digo "claro" porque são paulo é linda (eu acho) e realmente é inspirador andar olhando pra ela.
eu acho curioso também que tantos fotógrafos tenham se voltado para os extremos que tem aqui: ou a solidão do homem que desaparece na imensidão de uma cidade tão enormemente espalhada, ou os formigueiros dos metrôs ou centrais de busão.
mas a cidade tem 11 milhões de habitantes (é o que diz armin) e é, portanto, muito mais que sua própria arquitetura.
a foto que eu mais gostei de todas foram as de elisa randow, lorena travassos e da própria cia (PUXA SACO!). nenhuma delas tem grandes pra-quê-isso fotográficos, nenhum fator surpresa, não tem aquela "piscadela" chata pro espectador.
é que são paulo tem graça não (somente) porque é cheia de gente, mas porque é cheia de indivíduos.
(eu mandei uma foto também, táqui ó).
um monte de gente mandou um monte de foto linda. a grande maioria, claro, dos espaços urbanos da cidade. digo "claro" porque são paulo é linda (eu acho) e realmente é inspirador andar olhando pra ela.
eu acho curioso também que tantos fotógrafos tenham se voltado para os extremos que tem aqui: ou a solidão do homem que desaparece na imensidão de uma cidade tão enormemente espalhada, ou os formigueiros dos metrôs ou centrais de busão.
mas a cidade tem 11 milhões de habitantes (é o que diz armin) e é, portanto, muito mais que sua própria arquitetura.
a foto que eu mais gostei de todas foram as de elisa randow, lorena travassos e da própria cia (PUXA SACO!). nenhuma delas tem grandes pra-quê-isso fotográficos, nenhum fator surpresa, não tem aquela "piscadela" chata pro espectador.
é que são paulo tem graça não (somente) porque é cheia de gente, mas porque é cheia de indivíduos.
(eu mandei uma foto também, táqui ó).
Friday, January 15, 2010
na caixa de entrada
... e tudo me faz acreditar
(neste corpo não existem dúvidas)
que as coisas que separadas se mantém
de um jeito ou de outro
acabam se reencontrando.
(ich werde dich wiedersehen weil ich es will).
§
parece que meu F5 finalmente aceitou me obedecer.
Tuesday, January 12, 2010
da ausência
é um sanduíche de lonjura
com tanta água no meio
que eu de tão longe nem percebi
o que acontece quando a gente des-está.
(antes era o verão por dentro e por fora)
e meus olhos, despresentes,
testemunharam não a neve que caiu.
por dentro e por fora.
agora eu sei.
40º de ternura não derretem
-40º do gelo da distância.
§
em córdoba, em julho, das 8h da manhã às 8h da noite, fazia 40°. eu passava nessa ponte todo dia.
quando vi essa foto no der spiegel, hoje, fiquei sem acreditar. nunca imaginei que a andaluzia pudesse ficar assim.
não pude deixar de pensar em como as coisas mudam quando a gente se ausenta.
com tanta água no meio
que eu de tão longe nem percebi
o que acontece quando a gente des-está.
(antes era o verão por dentro e por fora)
e meus olhos, despresentes,
testemunharam não a neve que caiu.
por dentro e por fora.
agora eu sei.
40º de ternura não derretem
-40º do gelo da distância.
§
em córdoba, em julho, das 8h da manhã às 8h da noite, fazia 40°. eu passava nessa ponte todo dia.
quando vi essa foto no der spiegel, hoje, fiquei sem acreditar. nunca imaginei que a andaluzia pudesse ficar assim.
não pude deixar de pensar em como as coisas mudam quando a gente se ausenta.
Thursday, January 07, 2010
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