Sunday, June 03, 2012

clipping al-femea da semana

. a maravilhosa-como-sempre boa bonduki escreveu um post simples e certeiro sobre a gravidez de carol francischini. concordo com cada linha escrita pela boa!

. e o que vai acontecer com ele? nada, claro!! passada com esse vídeo e mais passada ainda com a resposta da assessoria do prefeito. só faltou ele dizer que foi um ato de carinho. own, que bonitinho.

. nao entendo nada de diplomacia e estratégias de governo diante dos massacres na síria. um monte de países expulsou diplomatas sírios de seus territórios. o brasil, nao entanto, se faz de desentendido. nos anos 90, durante os conflitos na bósnia, ninguém também fez nada e bem debaixo das nossas fucas milhares de pessoas morreram (sem contar as torturas, os desabrigados, as famílias desmanteladas, as 25 mil mulheres estupradas etc. etc.). mais uma vez somos testemunhazinhas apáticas de uma tragédia que dura bem um ano. é como susan diz em diante da dor dos outros: como tragédias sao inevitáveis, o sentimento de alívio de uma nao acontecer conosco faz com que sigamos a vida bem felizes, bem indiferentes. pra terminar, eu acho, sim, que os representantes da síria no brasil podiam voltar pra casa. mas acho, também, que isso nao é suficiente.

. nao sei o que dizer sobre isso, gente. alguma leitorinha advogada? aceitamos pitacos!

. mas gente, o cara sequestrou, torturou e matou a mulher, porra. por que caralhos tem o direito de aguardar o processo em liberdade? inda bem que nao conseguiu.

. a leitorinha mandou claudia mandou esse link sobre gandhi e seu namoradinho alemôo! coisa mais fofa, tirando o fato que eu nao sabia que gandhi tinha meio que toc (ai como tô soando inguinorante).

. a querida ju alves mandou a sugestion desse trailer aqui, trabalho novo da minhasuanossa clou sevinhi!

. e last but least e deveras importante, vídeo que mostra como a rússia está tratando alguns dos seus cidadaos

4 comments:

raquel said...

Ivi, muito complicada essa questão da lesão causada pelo vírus do HIV. Quem tem o conhecimento que possui o vírus deve ser extremamente responsável pelo seu parceiro sexual e se, propositadamente transmite, deve se responsabilizado, em relação a isso não temos dúvidas.
Ao mesmo tempo mensurar o tipo de lesão, tentar enquadrar essa agressão em um dos crimes elencados no nosso código é uma tarefa árdua. É uma lesão grave? gravíssima? Uma tentativa de homicídio? Se a pessoa vier a morrer do vírus no futuro? Homicídio? Até porque a morte nunca será consequência imediata do ato sexual né?
Eu sei que, independentemente da morte, o lesionado terá sua vida limitada para sempre. Por outro lado, não tem indenização, prisão que regenere o agressor, já que a pior condenação, nesse caso, é também possuir o vírus e poder sofrer dos seus males comuns. Mas é certo também que deve responder como um indivíduo que causou um mal social e feriu a dignidade humana, o direito à vida de outro.
É amiga, as leis humanas não são suficientes pela nossa limitação de mensurar de forma exata um dano devastador desse.
Escrevo aqui só pra desabafar, pois estudei durante anos essa merda e não enxergo uma solução sensível e convincente, pois, diante de um caso desse é que cai por água abaixo o blá blá blá todo que entendíamos por senso de justiça.

Unknown said...

Por partes, vamos (mais ou menos) lá:

O réu alegou que a vítima sabia que ele era portador do HIV. A defesa não foi considerada por 2 coisas: 1º. Pq só foi alegado em momento posterior (os tribunais superiores não julgam “novidades”, só alegações que já tivessem sido ditas e julgadas anteriormente. Se julgasse alegações novas, estaria exercendo funções dos juízes de primeiro grau, tirando a função deles, entende? Os tribunais superiores não podem conhecer matéria nova. Em segundo lugar, pq, mesmo que a vítima soubesse, ela não poderia dispor do bem protegido (ex. se eu pedir para alguém me assassinar, ou arrancar um braço meu o autor responderia por homicídio/lesão mesmo assim). A Constituição coloca a integridade física como um bem importante (jura?). Então, alegar consentimento/conhecimento não valeria.

Como o réu sabia que era portador, o STJ entendeu que ele assumiu o risco de transmitir a doença a alguém, no caso, a parceira (então, o crime é doloso, não culposo. Seria dolo eventual – Não é minha intenção principal, mas eu sei que pode acontecer e assumo que esse possa ser um resultado para meu ato).

Tentaram, por fim, enquadrar em outro tipo penal, que é o de contágio venéreo ou moléstia grave e perigo para a saúde de outrem. Seria uma tática boa, pq a pena é menor, cabe sursis (suspensão condicional de pena), etc. Mas a Ministra entendeu que o enquadramento correto é do de lesão corporal grave (na lesão grave, existe a expressão “enfermidade incurável”). Para a Ministra (e no bom senso) o HIV é uma doença que não tem cura, e exige tratamento e monitoramento contínuos, então, é esse o tipo penal adequado.

Por fim, a defesa disse que a vítima é “portadora assintomática do vírus” (não tem sintoma, a doença não se manifestou) e assim, não seria provado um dano real a vítima (sério, esse, para mim, é tão forçado que nem tem o que explicar). Cabe dizer que, mesmo assintomático, é preciso usar medicação, de qualquer forma, a vida toda.

Não seria homicídio, pq a intenção do réu não é, a princípio matar alguém, e sim transmitir o vírus, então, o bem protegido não é a vida, e sim a integridade física. Por isso o réu não vai a júri popular (que é reservado apenas para julgamento de crimes dolosos contra a vida)

Ulysses said...

Olá, me chamo Eduardo, moro em Foz do Iguaçu - PR e sempre acompanho seu blog e gostaria de saber como eu faço para mandar alguma sugestão para você e pedir uma ajuda para divulgar esse vídeo de abuso da policia militar com vários estudantes brasileiros e estrangeiros da Universidade Federal da Integração Latinoamericana, em Foz do Iguaçu - PR.


Obrigado!

http://www.youtube.com/watch?v=jxCBi7S9chs

Ana Rita said...

Ivi, hoje fui a uma palestra organizada pelos alunos do curso de RI da USP o tema era "I will survive — a diversidade por trás do estereótipo", a palestra de hoje discutia arte e a sexualidade com o Laerte, Daniel Peixoto e a Profª Drª Heloísa Buarque.

Lembrei muito de voce, tanto o Daniel quanto o Laerte expuseram suas experiencias e como isso influenciava no trabalho deles.

Eu acho que voce ficaria interessada por alguns estudos da Prof Heloisa, eles abordam Antropologia especializando se em temas de genero, midia, consumo e família . Ela discute a luta feminista entre alguns temas que voce sempre trata no blog, violencia contra a mulher, aborto e etc..

Adoro o blog, leio sempre.